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Arquivo : Brasileiro

Corinthians melhorou o elenco. Carille varia bem a forma de jogar
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Alexandre Praetzel

O Corinthians foi o único time que conseguiu duas vitórias seguidas no início do Brasileiro. Bateu Fluminense, em casa, e Paraná Clube, em Curitiba. Nos dois jogos, alternou a escalação. Em relação a 2017, quando sobrou no campeonato, fazendo 47 pontos em 57, no primeiro turno, o Corinthians tinha um elenco inferior, acredito. Fábio Carille tem rodado mais seus atletas, por ter Libertadores ao mesmo tempo e por entrar na Copa do Brasil, nas oitavas-de-final. Hoje, o treinador tem mais opções para variar o esquema tático.

Saíram Guilherme Arana, Pablo e Jô. Chegaram Henrique, Sidcley, Juninho Capixaba e Marllon, para o setor defensivo . O zagueiro se firmou rapidamente ao lado de Balbuena e tem jogado bem. Sidcley foi uma grata surpresa, com desempenho muito bom. Juninho Capixaba começou mal e perdeu espaço, mas tem potencial para se recuperar. Ralf e Emerson Sheik(eu não contrataria) ainda acrescentam e Matheus Vital foi a melhor contratação. Roger nem estreou e o garoto Matheus Matias é visto como boa aposta.

Se Carille quisesse escalar uma formação só com reservas, teria Valter; Mantuan, Pedro Henrique, Marllon e Juninho Capixaba; Ralf, Maycon, Jadson e Marquinhos Gabriel; Pedrinho e Roger. Sobrariam ainda Danilo, Emerson Sheik, Júnior Dutra e Matias. Parece que a política de reforços passou por Carille, que sabe muito mais do que os dirigentes, a respeito das necessidades do grupo.

O treinador mostra que sabe extrair o máximo de cada atleta. Do meio para a frente, é possível adaptar alguns esquemas às características dos jogadores. Se em 2017, havia uma dependência fortíssima de Jô, parece que isso já ficou para trás. É difícil o Corinthians repetir a campanha do primeiro turno do ano passado. Mas se fizer 40 pontos, com a forma de jogar eficiente e as alternativas que acrescentou ao vestiário, poderá se tornar favorito de novo a levar o Brasileiro.

 

 


Corinthians sobra. Palmeiras para o gasto. São Paulo confuso
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Alexandre Praetzel

Segunda rodada do Brasileiro e jogos fracos, tecnicamente, com exceção de Paraná e Corinthians.

Trabalhei na partida e vi Fábio Carille poupar Ralf, Maycon e Clayson, escalando Gabriel, Jadson e Matheus Vital. O Corinthians foi pressionado no início, por um Paraná ávido em voltar à Série A e comemorando o fato de receber um grande adversário no seu estádio, novamente. No entanto, quando o Corinthians conseguiu colocar a bola no chão, fez o primeiro gol com Rodriguinho e ampliou em seguida em bonita jogada de Sidcley, talvez o melhor em campo. Dois a zero em dois minutos. Isso minou a confiança do Paraná e deixou o Corinthians à vontade. Na segunda etapa, o Paraná não mudou sua postura e deu espaços para o contra-ataque. O Corinthians chegou aos 4 a 0, em dois lances de Clayson, fazendo um gol e dando o passe para Gabriel. Carille pode mudar algumas peças e o modo de atuar não se modifica. O Corinthians é o time mais tático do Brasil e larga com duas vitórias, algo que não fez em 2017, quando sobrou no primeiro turno. Alerta ligado para os adversários.

No Pacaembu, o Palmeiras não fez um bom jogo, mas conseguiu a vitória de 1 a 0 sobre o Inter. Foi um confronto parelho até nas chances desperdiçadas. O Inter teve um impedimento mal marcado, num gol anulado de Leandro Damião. Roger Machado manteve Lucas Lima, com desempenho razoável mais uma vez. Edu Dracena voltou e deu mais segurança para Antonio Carlos, seu companheiro de zaga. Em alguns momentos, o Palmeiras parece abatido e lento, dentro de campo. A perda do Paulista não pode mais servir como justificativa. O Brasileiro é longo e o time pode jogar mais. Isso tem sido unanimidade entre os palmeirenses. O resultado foi melhor que a atuação e quatro pontos em seis disputados, são interessantes sobre Botafogo e Inter. Quarta-feira, será uma pedreira diante do Boca Juniors, pela Libertadores.

Em Fortaleza, o São Paulo foi confuso contra o Ceará. Diego Aguirre gosta do rodízio e testou outra formação. O São Paulo criou pouco e não teve nem força, nem velocidade, para conseguir alguma chance de gol. Everton foi discreto na sua estreia. Na volta do intervalo, Aguirre passou para o esquema com três zagueiros, com Valdívia e Nene, sem centroavante. O São Paulo até chutou duas bolas a gol, mas se mostrou descompactado e devagar na recomposição. O limitado Ceará teve a melhor oportunidade, com Felipe Azevedo batendo para defesa de Sidão. Aguirre precisa de tempo para ajustar a equipe e definir seu esquema de jogo. O São Paulo sofre com a lentidão e não aproveita contra-ataques. Em pontos, são quatro conquistados, mas as atuações não empolgaram. Agora, terá tempo para treinar, fora da Copa do Brasil.

 


Palmeiras e Inter estão devendo mais futebol. Verdão ainda é favorito
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Inter já fizeram grandes jogos pelo Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Na década de 70, tiveram dois grandes times e foram protagonistas. Se enfrentaram nas semifinais em 74, 78 e 79, com o Palmeiras levando a melhor nos dois primeiros anos e o Inter ganhando o Brasileiro invicto, depois. Óbvio que o futebol mudou(para pior) e os clubes se alternaram em altos e baixos. Nos anos 80, os dois foram mal. Nos anos 90, o Palmeiras teve três esquadrões. Nos anos 2.000, foi a recuperação colorada. Agora, o Palmeiras sobra na questão financeira e no elenco, diante de um Inter repleto de interrogações, após retornar da Série B.

O que esperar desse confronto? Acho que o Palmeiras é superior. Tem mais equipe, melhores jogadores e técnico. Não está provando dentro de campo e a única esperança colorada para um bom resultado, é a oscilação palmeirense, desde as semifinais do Paulista. Foram dois jogos apenas regulares contra o Santos, um partida boa e outra ruim frente o Corinthians e a perda do título estadual, além dos desempenhos abaixo da média nos enfrentamentos com Boca Juniors e Botafogo. Vai pegar um Inter pressionado e questionado diariamente pela inconstância em jogos maiores, ainda mais depois da eliminação da Copa do Brasil para o Vitória. Em 2016, foram quatro duelos, com três vitórias do Palmeiras e uma do Inter. O Palmeiras é favorito mais uma vez.

Na comparação, jogador por jogador, o blog avalia pelo momento.

Jaílson  X  Marcelo Lomba

Marcos Rocha  X  Edenílson

Antonio Carlos  X  Klaus

Edu Dracena  X  Cuesta

Diogo Barbosa  X  Iago

Felipe Melo  X  Rodrigo Dourado

Bruno Henrique  X  Gabriel Dias

Moisés  X  Patrick

Dudu  X  D’Alessandro

Keno  X  Nico López

Borja  X  Pottker

Roger Machado  X  Odair Hellmann

10×2 Palmeiras. Nos últimos anos, nunca houve uma diferença tão grande como agora, apesar do Palmeiras não estar jogando bem.

O blog dá o palpite para o jogo: Palmeiras 2×1.


Braz elogia presidente Peres e vê Santos na luta pelo título brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Santos tem um time bom e um elenco razoável para a maioria dos santistas e jornalistas. Começou bem o Brasileiro com vitória sobre o Ceará e lidera seu grupo da Libertadores da América com seis pontos em nove disputados. O blog entrevistou David Braz. O zagueiro vê a equipe em condições de ganhar o Brasileiro, acha que as concentrações podem ser importantes e elogia o presidente José Carlos Peres, tão criticado por vários conselheiros e torcedores. Confira.

Em que nível você coloca o Santos em relação aos adversários, no Brasileiro?

Entre os que podem brigar pelo título, com certeza. Nós estamos entre os 12 que podem conquistar esse título, na minha opinião. O campeonato brasileiro é o mais difícil. Em todas as competições que o Santos disputar, ele vai estar entre os favoritos sim.

Os atletas foram ouvidos sobre a possibilidade do fim das concentrações, antes dos jogos?

Não, a gente ficou sabendo desta história, mas nada certo. Fiquei sabendo de boatos, né. A gente tem que respeitar as decisões feitas pela comissão técnica, diretoria. O importante é o jogador se preparar para as partidas, ainda mais numa temporada cheia de jogos que a gente têm. Um calendário bastante apertado. Então, as vezes, a concentração é importante para a gente poder ter uma boa alimentação, um bom descanso, mas tem aquela semana que dá para a gente poder não concentrar, ficar com a família. Mas claro, o jogador tem que estar se preparando, seja na concentração ou sem, para render bem.

Para jogos no Pacaembu, é ruim viajar no mesmo dia?

Isso é bem complicado, subir a serra no dia da partida. Acredito que seja complicado. Nunca tivemos essa experiência, mas é uma viagem desgastante porque fica com o “ônibus” nas costas para a partida. É uma viagem inteira, uma horinha praticamente, mas seja qual for a decisão, a gente tem que estar preparado e fazer o melhor, dentro de campo.

Presidente Peres é um bom presidente?

Por enquanto, sim. Tem trabalhado, resolvido alguns problemas financeiros. Realmente, tinham problemas no clube e eles resolveram essa parte financeira. Cada dia, vai tendo alguma coisa para resolver. É time grande, tem seus problemas, como todos os outros clubes e tem trabalhado bem. A gente está contente e espero que possa continuar assim para que o Santos possa continuar bem na sua história.

Peres ainda não contratou o meia prometido para a torcida. O presidente tem reduzido despesas e contratou Eduardo Sasha, Gabriel e Dodô.

O Santos volta a campo, sábado, contra o Bahia, em Salvador. Na Libertadores, recebe o Estudiantes, na próxima terça-feira, na Vila Belmiro.


Rodriguinho iluminado. Fator local também pesa para o Corinthians
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Alexandre Praetzel

Trabalhei em Corinthians e Fluminense, na primeira rodada do Brasileiro. Um jogo com dois tempos distintos. Na primeira etapa, confronto de muita marcação, com o Fluminense recuado e tirando espaços do Corinthians. Os donos da casa não conseguiam criar chances de gols. Houve duas finalizações com Renê Jr. para o Corinthians e Richard para o Flu.

Aí, surgiu o gol de Rodriguinho. Cruzamento de Romero e Rodriguinho concluiu de cabeça, mais uma vez, com ótimo posicionamento, repetindo o gol que marcou diante do São Paulo, nas semifinais do Paulista. Os times foram para os vestiários e a impressão que o gol corintiano iria deixar o Corinthians ainda mais favorito para vencer.

No início do segundo tempo, o Flu empatou com Richard, após arremesso lateral e passe dentro da área. O Fluminense se animou e foi para cima do Corinthians. Chegou outras vezes ao ataque, e obrigou Cássio a uma ou duas defesas. O Corinthians parecia acuado, mas a equipe atua com muita confiança, em Itaquera. As entradas de Maycon e Emerson Sheik deram dinâmica maior e troca de passes e foi num ataque assim, que saiu o gol da vitória.

Maycon esticou uma bola na ponta esquerda e Sheik dava a impressão de não chegar, mas conseguiu alcançá-la e cruzou para trás, onde Rodriguinho bateu de primeira no contrapé de Júlio César. Rodriguinho está iluminado. Ele praticamente não tocou na bola em outros momentos da partida, mas decidiu com dois gols.

O Corinthians somou seus primeiros três pontos e apenas confirma que é difícil perder em casa. São apenas 11 derrotas em mais de 100 partidas. Isso pode pesar nos pontos corridos, como funcionou em 2017. Ainda mais com a fase de Rodriguinho. Não é um craque e não será. Mas seu poder de decisão e finalização está deixando os adversários preocupados. Isso é fato.


Pelaipe crava: “O grande reforço do Vasco é colocar os salários em dia”
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Alexandre Praetzel

O Vasco fez uma boa campanha no Brasileiro de 2017, após ter retornado à Série A. Conseguiu uma vaga na Libertadores da América e chegou à fase de grupos. Foi vice-campeão carioca e terá Copa do Brasil e a sequência do torneio sul-americano, além do campeonato nacional. O blog entrevistou o diretor-executivo, Paulo Pelaipe, sobre a projeção para o restante da temporada, a busca por reforços e Paulinho, grande revelação vascaína e esperança do torcedor. Acompanhem.

O que você imagina do Vasco no Brasileiro?

Eu imagino fazer um grande campeonato, que a gente possa, no mínimo, estar novamente na Libertadores de 2019. Esse é o nosso objetivo. Nós temos alguns jogadores que estavam lesionados, jogadores importantes, que estão retornando, como Kelvin, Breno, Ramon. Esperamos também que o Paulinho se recupere no menor tempo possível. Tem essa previsão de quatro meses, mas estamos torcendo para que ele possa voltar um pouco antes. Giovanni Augusto teve duas lesões, mas é um jogador que acrescentou bastante no grupo de profissionais. Achamos que precisamos de mais dois ou três reforços, em função da quantidade de competições e jogos que vamos ter. Como tem a Copa do Mundo, praticamente não vamos descansar. Só terá a parada da Copa. Depois, é jogo quarta e domingo. Para isso, é preciso ter um grupo de jogadores.

O vice-campeonato carioca foi justo?

Não. A gente nunca acha que é justo. Nós queríamos ser campeões, mas aceitamos o resultado. O Botafogo conquistou o título dentro de campo e a gente não gostou de ter perdido. Jogamos para ganhar. Tínhamos até 40 segundos antes com o título na mão, mas perdemos o jogo e perdemos o título nas penalidades máximas. Ficou aquela frustração e aquele gostinho de quero mais.

Qual a principal dificuldade que vocês enfrentam, depois da gestão passada?

Esse assunto de política, eu não falo. Só falo sobre futebol. Nós temos um grupo muito bom, uma comissão técnica excelente. Os jogadores estão comprometidos, temos um grande treinador e estamos satisfeitos com o trabalho realizado.

Algum reforço já encaminhado?

Primeiro, como disse o presidente Alexandre Campello e o vice-presidente, Fred Lopes, o grande reforço é colocar os salários em dia, os compromissos em dia. Evidentemente, a gente tem conversado sobre futebol, analisado alguns cenários, mas no momento certo, oportuno. Não adianta trazer jogadores, se não estivermos ajustados e acertados com os jogadores que nós temos em casa.

Diego Souza foi tentado?

Olha, te digo com toda franqueza e honestidade. Da parte do departamento de futebol, não fizemos nenhum tipo de contato.

Passar da primeira fase da Libertadores é uma vitória ou algo natural?

Nós fomos surpreendidos em casa com a derrota para a La U. Fizemos um segundo jogo muito bom, resultado bom, porque empatar com o Cruzeiro no Mineirão é um resultado bom. Três dias depois do nosso jogo, o Cruzeiro foi campeão mineiro. Nós esperamos nos classificar. Vamos para um jogo importante contra o Racing, em Buenos Aires, e tenho certeza que vamos trazer um bom resultado. Depois, nos dois jogos em casa, com o apoio do torcedor, nós podemos nos candidatar à vaga para as oitavas-de-final.

Vasco tem três competições simultâneas. Dá para ser campeão de alguma?

Nós vamos trabalhar para isso. Tem outras equipes que são mais favoritas do que nós. Mas numa competição de mata-mata, como a Copa do Brasil, você sabe que depende da noite, do dia. Palmeiras, com grandes investimentos, o próprio Grêmio manteve a base e está se reforçando, são mais favoritos que a gente. Então, nós respeitamos todos os adversários, mas vamos trabalhar para dar uma alegria ao nosso torcedor, numa destas competições.

Existem propostas pelo Paulinho?

Que eu saiba, não. Esse assunto é tratado diretamente pelo presidente e pela diretoria, com o vice-presidente de futebol. Que eu saiba, neste momento, nada.

Paulinho joga mais que o Vinícius Jr.?

Eu acho que ele é mais completo, na minha opinião. É o jogador da geração 2.000, que é o melhor jogador do futebol brasileiro. Não só dito por mim, dito por outras pessoas, até por você. Então, acho que o Paulinho é um jogador mais completo. Respeito o Vinícius Jr., que é uma grande promessa, mas acho que o Paulinho é completo.

Paulinho sofreu uma luxação no cotovelo esquerdo e está em processo de recuperação.

O Vasco estreia na Série A contra o Atlético-MG, neste domingo, em São Januário. Na Libertadores, tem um ponto em seis disputados. Na Copa do Brasil, está nas oitavas-de-final, aguardando a definição do seu adversário.

 


Edigar Junio vê potencial do Bahia para quatro torneios simultâneos
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Alexandre Praetzel

O Bahia ganhou o Estadual e manteve uma boa base do ano passado, para a disputa dos torneios maiores, em 2018. O Bahia está nas quartas-de-final da Copa do Nordeste, oitavas da Copa do Brasil, Sul-Americana e Série A do Brasileiro. Um dos destaques do time é o atacante Edigar Junio, com 37 gols em 102 jogos pelo tricolor, aos 27 anos. O blog entrevistou o goleador sobre a projeção para as compeições mais difíceis, a luta pela artilharia e por uma boa campanha de afirmação da equipe. Confira.

Qual a projeção para o Bahia no Brasileiro?

Ano passado foi o ano que a gente estava voltando para a Série A. Tínhamos o objetivo de nos manter e fizemos um ano sólido, com direito à classificação para a Sul-Americana. Este ano, estamos calejados e mirando coisas grandes. Não podemos subestimar o Brasileirão, mas acredito que faremos um ano de sucesso.

O elenco consegue suportar quatro torneios simultâneos?

Sim. Tivemos esse primeiro jogo da Sul-Americana com o time considerado reserva e fomos muito bem contra o Bloming-BOL. Por uma desatenção, tomamos um gol bobo, mas tivemos as melhores chances. Isso mostra a força do elenco. Acredito que a diretoria vá contratar outros jogadores, mas nós já temos um grupo qualificado para suportar as competições.

Você acha que pode brigar pela artilharia do Brasileiro?

Sabemos que esse é um dos mais concorridos, se não o campeonato mais concorrido do mundo. A dificuldade é grande, mas eu tenho bastante confiança em mim e sei que o grupo e a torcida também confiam. Então, eu acho que com a ajuda dos meus companheiros, posso brigar pela artilharia. Ano passado, foi muito bom, com um segundo turno de muitos gols, e espero que neste, já seja desde o início.

Teus números mostram que você está afirmado no futebol nacional?

É difícil falar de nós, mas já estou na terceira temporada pelo Bahia, um time de massa, sendo um dos maiores destaques da equipe. Deixo que a imprensa e a torcida falem isso por mim(risos), mas me vejo muito bem e confiante para fazer um grande 2018 também em nível nacional.

O Bahia enfrenta o Inter, na abertura do Brasileiro, neste domingo, no Beira-Rio. Na Copa do Nordeste, pega o Botafogo-PB, em duas partidas, nas quartas-de-final.

 


Projeção para o Brasileiro em três escalões. Cinco brigam pelo título
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Alexandre Praetzel

A Série A do Brasileiro começa neste sábado com Cruzeiro e Grêmio, no Mineirão. Promessa de bom jogo de dois times que são candidatos a ganhar o campeonato. O blog fez uma projeção com três escalões: luta pelo título, pelotão intermediário e fuga do rebaixamento. Acompanhe abaixo, em ordem alfabética.

Primeiro escalão

Corinthians – Atual campeão, com um técnico afirmado e uma forma definida de jogar.

Cruzeiro – Bom técnico, bom elenco e jogadores capazes de decidir.

Flamengo – Pode jogar bem mais. Grupo é qualificado e precisa dar uma resposta.

Grêmio – Qualidade técnica e jogo coletivo. Renato vive grande momento. Já ganhou dois títulos no ano.

Palmeiras – No papel, forma dois times. Está jogando menos do que o esperado. Nos pontos corridos, pode levar vantagem pela quantidade de opções.

Segundo escalão

Atlético-PR – Disputou poucos jogos, priorizando torneios mais importantes. Fernando Diniz ganhou os jogadores.

Atlético-MG – Parece ter um time formado, mas com reposições mais modestas em relação a anos anteriores. Thiago Larghi segue como treinador.

Bahia – Se estruturou para permanecer na Série A por longo tempo. Tem um time titular bom.

Botafogo – Vive dentro das suas possibilidades financeiras. Tem uma equipe coletiva forte.

Inter – Vem da Série B, preparado para suportar as dificuldades. Time razoável, mas com boa estrutura tática. Treinador é uma aposta.

Santos – Jair Ventura gosta de não perder primeiro, para depois pensar em ganhar. Nos pontos corridos, pode não funcionar. Tem uma garotada boa.

São Paulo – Ainda busca reforços. Diego Aguirre chegou agora e precisa de mais tempo para encontrar um time.

Vasco – Zé Ricardo é melhor que o time. Tenta encorpar o elenco. Sonha com uma vaga na Libertadores.

Fuga do rebaixamento

América-MG – Mantém o técnico Enderson Moreira há mais de um ano. Tem batido e voltado para a Série B, com frequência.

Ceará – Marcelo Chamusca faz bom trabalho, mas elenco é bem reduzido.

Chapecoense – Vem no limite, após 2016. Gilson Kleina é um técnico defensivista.

Fluminense – Abel Braga sabe das dificuldades. Tem pouco dinheiro e precisa de reforços.

Paraná – Retorna à Série A, após 11 anos. Questão financeira pesa. Aposta em Rogério Micale e num time jovem.

Sport – Reformulou o grupo e teve um mau trimestre, caindo no Estadual e Copa do Brasil.

Vitória – Namorou o rebaixamento nos dois últimos anos. Tem um time pouco competitivo.

São apenas palpites, pelo acompanhamento dos jogos e campeonatos. Estaduais não servem muito como parâmetro, mas ajudam em times bem formados. Tomara que o nível técnico do Brasileiro seja melhor do que os dois últimos anos.

 

 

 

 

 


Cria de Parreira quer abrir o mercado sul-americano treinando o Bolívar
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Alexandre Praetzel

O Bolívar, um dos clubes mais tradicionais da América do Sul e o principal da Bolívia, contratou um treinador brasileiro para desenvolver um projeto de crescimento das categorias de base ao profissional. Trata-se de Vinícius Eutrópio, 51 anos, com passagens por América-MG, Ponte Preta, Chapecoense, Figueirense e Santa Cruz-PE. Discípulo de Carlos Alberto Parreira, no Fluminense, Eutrópio conversou com o blog sobre a decisão de trocar o Brasil pela Bolívia, o trabalho na altitude e o desafio de levar o Bolívar a grandes conquistas na América do Sul. Confira abaixo.

Como é trabalhar num futebol inferior ao brasileiro?

Futebol brasileiro hoje está numa evolução e num patamar de estrutura, logística, organização muito grande. Então, são poucos mercados que estão acima do futebol brasileiro. É um desafio que eu aceitei para minha carreira, justamente para que eu pudesse ajudar a elevar o nível em alguns aspectos. Está sendo bom, positivo e um grande desafio.

Como lidas com a altitude?

Altitude é um fator que a primeira coisa que você tem que fazer é respeitá-la. Nos primeiros dias, é comer muito pouco, fazer menos exercícios, beber bastante água para você ir se adaptando, seu corpo também. Mas, de qualquer forma sempre afeta, apesar de não ter afetado muito agressivamente. Eu lido com a altitude, respeitando bastante o dia a dia e as adaptações que o corpo vai exercendo aos poucos.

Por que clubes bolivianos nunca chegam nas competições em condições de títulos?

Primeiro que a América do Sul tem grandes concorrentes, Colômbia, Argentina, Uruguai, Brasil, Chile, são países muito fortes. Futebol boliviano, acredito que ainda não esteja estruturado, principalmente, na parte financeira dos clubes, com nível de investimentos dos adversários. É bem menor e isso pesa muito na hora de montar um elenco e disputar uma Libertadores.

Por que aceitaste trocar o Brasil pela Bolívia?

Principalmente, pelo planejamento e projeto que foi apresentado pelo dono do Clube, que mora em Miami, o Marcelo Clauli. Justamente, é ajudar o Bolívar, das categorias de base ao profissional, a desenvolver mais seus aspectos de estrutura, categorias de base e também o desafio diferente para um brasileiro, que é abrir o mercado sul-americano, esse mercado que poucos brasileiros têm e com muitos treinadores bons do Brasil. Eu acho que é muito bom eu abrir mercado para outros treinadores que possam vir, não só para a Bolívia, como para outros países da América do Sul.

Está valendo a pena?

Sem dúvida nenhuma, está valendo muito a pena. O Bolívar é a base da Seleção boliviana com jogadores que já atuaram em outros países e que disputam sempre as eliminatórias. Também tem a parte cultural, que pessoalmente, a gente cresce bastante. Uma disputa da Libertadores é sempre um crescimento e um grande desafio. Está valendo muito a pena com um crescimento pessoal e profissional muito grande.

O Bolívar está no grupo 2 da Libertadores da América. Em três jogos, tem cinco pontos, com uma vitória sobre o Nacional_COL e dois empates diante de Colo-Colo-CHI e Delfin-EQU. Na Liga boliviana, são seis vitórias, dois empates e duas derrotas em dez partidas disputadas.

 


Corinthians foi melhor. Palmeiras afobado e exposto
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Alexandre Praetzel

Corinthians e Palmeiras fizeram um jogo muito bom, pela importância e rivalidade. O Palmeiras partiu para cima, desde o início, parecendo que era o último suspiro do campeonato, pressionando e chegando na frente com Borja. Mas quando o Corinthians colocou a bola no chão e dividiu todas as bolas, levou vantagem pelo meio e lados do campo. Romero e Clayson superaram Egídio e Mayke. Gabriel segurava Moisés e Rodriguinho vencia o duelo com Bruno Henrique. Fernando Prass, com duas ótimas defesas, segurou o Corinthians, mas o gol não demorou a sair, mesmo com Romero impedido, nas costas de Egídio. Um lance difícil, mas impedido.

O Palmeiras manteve a postura ofensiva e levou o segundo gol com Balbuena, em erro de Edu Dracena, após cobrança de escanteio de Clayson. Em seguida, Mina descontou em cabeceio, deixando o clássico eletrizante. Aí, veio o lance discutível, na minha opinião. Dracena trava Jô fora da área e o corintiano vai arrastando o zagueiro para dentro, caindo a seguir. Não marcaria o pênalti. O árbitro Anderson Daronco esperou um pouquinho para confirmar a penalidade, provavelmente, sendo alertado pelo auxiliar atrás do gol. Corinthians 3 a 1. Um primeiro tempo do mandante.

Na segunda etapa, o Palmeiras voltou com Róger Guedes no lugar de Keno. Não entendi. Guedes foi afastado recentemente e agora virou solução. Keno não estava mal. O Palmeiras foi para cima e o Corinthians recuou. O Verdão teve mais posse de bola e descontou com bonito chute de Moisés. Carille sacou Gabriel para entrada de Maycon. Depois, Felipe Bastos e Jadson nas vagas de Camacho e Clayson. Valentim arriscou com Guerra e Deyverson sobre Bruno Henrique e Tchê Tchê. O Palmeiras foi para o sufoco, enquanto o Corinthians não conseguia nenhum contra-ataque. No fim, Róger Guedes teve a bola do empate, mas tocou na mão de Cássio, quando Mina entrava sozinho para concluir. Vitória do Corinthians pelo primeiro tempo. O blog avaliou os times, treinadores e arbitragem. Confira a seguir.

Corinthians

Cássio – Levou dois gols indefensáveis. Segurou o jogo, quando precisou. Nota 6,5.

Fagner – Bateu bastante e ganhou o duelo com Dudu. Nota 5,5.

Pablo – Sofreu com Borja no início e nas bolas aéreas. Nota 5,5.

Balbuena – O mais seguro da defesa. Ainda fez o segundo gol. Nota 7.

Guilherme Arana – Mais defensivo. Cuidou bem de Keno e Róger Guedes. Nota 6.

Gabriel – Pilhado. Reclamou mais que jogou. Nota 5.

Camacho – Tranquilo. Colocou a bola no chão e fez o Corinthians jogar. Nota 6.

Rodriguinho – O melhor do meio-campo. Preocupou o Palmeiras durante todo o jogo. Nota 7.

Clayson – Atuação justa para titularidade. Nota 6.

– Decisivo com o pênalti e fazendo grandes duelos com Mina e Dracena. Nota 7.

Romero – O melhor. Tosco e pouco técnico, mas muito competitivo e importante. Nota 7,5.

Fábio Carille – Não foi teimoso e escalou uma formação melhor. Nota 7.

Palmeiras

Fernando Prass – Pelo menos, três defesas para evitar uma goleada. Não teve culpa nos gols. Nota 7,5.

Mayke – Apoia muito, mas marca mal. Sofreu com Clayson. Nota 5.

Mina – Jogou por ele e por toda a defesa. Nota 7.

Edu Dracena – Perdeu o duelo com Jô e falhou no segundo gol. Nota 4.

Egídio – Má atuação. Superado por Romero e errando tudo. Nota 3.

Bruno Henrique – Envolvido por Rodriguinho. Perdido com a bola. Nota 4.

Tchê Tchê – Muito toque de lado e sem pegada. Nota 4,5.

Moisés – Vinha mal, mas recolocou o Palmeiras no jogo. Nota 6,5.

Dudu – Nervoso e bem marcado. Mal. Nota 4.

Borja – Começou bem e sempre preocupou os zagueiros. Nota 6.

Keno – Longe das boas atuações anteriores, mas não precisava sair. Nota 5.

Róger Guedes – De afastado a solução. Teve a bola do empate, mas errou. Nota 4.

Deyverson – Entrou pilhado. Bem expulso. Nota 0.

Alberto Valentim – Palmeiras entrou muito afobado. Perdeu o meio-campo. Quando viu, estava 2 a 0. Entrada de Róger Guedes foi um erro. Nota 4.

Anderson Daronco – No geral, arbitragem confusa. Gol impedido(erro do auxiliar) e pênalti discutível. Expulsou Deyverson e aplicou cartões amarelos, corretamente. Nota 4,5.