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Willian José fica fora até do banco da Seleção. Não entendi
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Alexandre Praetzel

Willian José foi convocado para a Seleção Brasileira pelo seu perfil diferente dos demais. Um jogador de área que pode ajudar Tite a mudar o estilo do time, em casos mais emergenciais. Pelo menos, essa foi a explicação. Willian José faz boa temporada pela Real Sociedad da Espanha, mas nunca tinha sido chamado. Na penúltima convocação, antes da Copa do Mundo, seu nome foi apresentado com grande surpresa.

Agora, que ele poderia ser bem observado no amistoso contra a Rússia, foi cortado até do banco de reservas. Se ele não é opção para o jogo mais “fácil”, o que dirá diante da forte equipe da Alemanha. E o treinador poderá fazer seis trocas na partida. A única justificativa aceitável é um provável mau desempenho nos treinamentos. A comissão técnica deve ter concluído que não houve boa adaptação. Afinal, foi uma convicção para integrá-lo ao grupo e, em apenas quatro dias, o centroavante fica de fora.

Junto com Willian José, Rodrigo Caio também sobrou. A concorrência do zagueiro do São Paulo é fortíssima e, hoje, ele está atrás de Geromel, sem dúvida. Miranda, Thiago Silva e Marquinhos estão garantidos na Copa do Mundo.

É bom enfrentar adversários mais qualificados na reta final, mas convocar novidades e não aproveitá-las, cabe explicação.

PS: Antes de começar o jogo, a CBF alterou o banco de reservas. Willian José voltou a ser relacionado no lugar do goleiro Neto. Tão estranho quanto antes.


Brasil pegou um grupo parecido com 2014. Alemanha não terá facilidades
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Alexandre Praetzel

O Brasil caiu num grupo parecido com o Mundial de 2014. Suiça se equivale com a Croácia. México hoje é superior a Costa Rica, mas os costa riquenhos foram até às quartas. Sérvia é superior a Camarões e passou em primeiro lugar na chave européia da Eliminatória. A diferença é que o time atual do Brasil é muito mais organizado e técnico que o anterior. Por isso, acredito que o Brasil passará na primeira colocação. Apostaria em suiços e sérvios decidindo a segunda vaga e Costa Rica fora.

Agora, se der uma zebra com a Alemanha, poderemos ter Brasil e Alemanha, nas oitavas-de-final. Será uma supresa, se isso acontecer, mas o grupo da Alemanha é chato, com México, Suécia e Coreia do Sul, apesar do favoritismo dos atuais campeões do Mundo.

Nas outras chaves, o Uruguai deu sorte.

A Argentina tem dois europeus e a Nigéria, mais uma vez. É candidata ao primeiro lugar, mas sem facilidades.

Portugal e Espanha é o jogo mais esperado da primeira fase. Cristiano Ronaldo X Iniesta e cia.

França, Bélgica e Inglaterra estarão nas oitavas.

A Colômbia pegou adversários parelhos: Polônia, Senegal e Japão. Esse, talvez, seja o grupo mais equilibrado do Mundial.

É aguardar a bola rolar e lamentar as ausências de Itália e Holanda.


Ralf diz que fica na China. Volante comemora rápida adaptação no país
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Alexandre Praetzel

Ralf é um jogador que poderia ser ótimo reforço para muitos times do Brasil. Com contrato vencendo no Beijing Guoan da China, Ralf pretende continuar no mercado chinês. Aos 33 anos, o volante deve acertar novo compromisso com o próprio Beijing ou com outro clube. Em entrevista exclusiva ao blog, Ralf elogia a evolução no futebol chinês, o trabalho do Corinthians e o técnico Fábio Carille. Confira a seguir.

Valeu a pena ter trocado o Brasil pela China?

Sim, valeu muito a pena, principalmente, por ter sido uma oportunidade única para minha evolução pessoal. Vou levar essa experiência para toda a vida. Fui muito bem recebido e acolhido pelo povo chinês. Além disso, tive a oportunidade de conviver com profissionais de diversas nacionalidades, como italianos, espanhóis e alemães e, assim, conhecer um pouco de várias culturas. A China é uma potência e atrai pessoas de todas as partes do planeta.

O que te move hoje: parte financeira ou técnica para seguir jogando?

Enquanto eu tiver prazer e amor em jogar, farei de tudo para seguir adiante, motivado, com novos objetivos, tanto desportivos como financeiros.

Pretendes voltar ao Brasil para outro clube que não seja o Corinthians?

Me adaptei muito rápido na China, como um todo. Por isso, meus planos são de permanência por lá.

Como defines o futebol chinês em relação a outros países?

Um futebol em constante desenvolvimento e rápida evolução, com jogadores locais muito bons, alguns até com características muito semelhantes aos jogadores sul-americanos. Há um incentivo constante para que o povo chinês esteja sempre consumindo o produto do futebol.

O título do Corinthians te surpreendeu, dois anos depois?

Não, porque o Corinthians, desde o início do ano, mostrou que seria capaz de chegar aonde chegou, com uma eficiência acima da média.

O que tens a dizer sobre Fábio Carille?

Já o conheço a um grande tempo. Um cara que dispensa qualquer comentário, tanto como pessoa, como profissional.

Clubes brasileiros te procuraram para retornar?

Diretamente, nenhum.

Tens alguma história curiosa sobre tua presença na China?

Como todos os estrangeiros que chegam lá, nos levam até a feira de alimentos deles(risos), para conhecermos e provarmos, mas quando batemos o olho, a coragem vai embora.

Ralf chegou ao Beijing, em 2016. Disputou 57 partidas e marcou um gol. No Corinthians, foram seis temporadas com 396 jogos e oito gols. Ganhou Paulista, Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana e Brasileiro.


Você torce para a Seleção Brasileira?
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Alexandre Praetzel

Em 1982, tinha 11 anos e foi a última vez que chorei por futebol na derrota do Brasil para a Itália por 3 a 2, na Copa da Espanha. Um jogo dramático e espetacular até o final, com vitória dos futuros campeões, infelizmente. Os anos passaram e eu sempre quis ser jornalista esportivo. Até concluir o curso e começar a trabalhar na área, via a Seleção Brasileira com grande impacto sobre os torcedores e imprensa. Convocações e jogos paravam o país, com amistosos e competições oficiais tendo muita importância para todos.

Depois, já como profissional, comecei a cobrir a Seleção. Minha estréia foi em Brasil e Polônia, em janeiro de 1997, com Romário e Ronaldo juntos. Placar de 4 a 2 para o Brasil, com o comando de Zagallo, em Goiânia. Foi muito legal, apesar de achar o ambiente em torno, bastante político. Muitos tapinhas nas costas de todos e bastante vaidade. Ainda assim, havia bastante proximidade entre jogadores e jornalistas. O tempo foi passando e a Seleção virou propriedade da CBF. Se distanciou da torcida e passou a mandar seus jogos longe do Brasil, por gordos cachês e filas de patrocinadores. O dinheiro superou a paixão. De Ricardo Teixeira a Marco Polo Del Nero, a Seleção se transformou num produto comercial. Até nas convocações, sempre houve controvérsias.

Com as quedas de Teixeira e Marin por corrupção e com Del Nero proibido de sair do país para não ser preso, a CBF conseguiu atrair uma oposição da opinião pública e uma antipatia pelo nosso selecionado. A Seleção foi muito vaiada e só ganhou apoio total, quando sediou a Copa do Mundo, em 2014. O 7 a 1 para a Alemanha foi a pá de cal, forçando mudanças no pensamento de futebol praticado por técnicos e dirigentes brasileiros. Del Nero segue no poder e o Brasil retomou sua importância, depois da chegada de Tite. Com Dunga como substituto de Felipão, corremos o risco de eliminação da Copa, algo contornado e corrigido com a contratação de Tite. Hoje, a Seleção pode não encantar, mas parece mais integrada e comprometida em relação a anos anteriores. Ainda assim, não houve um treino aberto para a torcida, mesmo com o Brasil classificado. Só convidados e patrocinadores tiveram acesso. Isso precisa acabar.

Claro que na Copa do Mundo, a história é outra. O país para e entra em campo, representado por 23 atletas. Mas fora isso, você torce para a Seleção Brasileira? Eu tenho respeito, mas fico profundamente irritado com a distância que existe entre Seleção e torcida. A maioria dos convocados vive no exterior e não faz nenhum esforço para agradar a massa brasileira. Ficou um abismo e isso causou um esfriamento na relação.

Não me surpreendi com a declaração do prefeito de Belo Horizonte, o ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil. Perguntado sobre Seleção, no programa “Bola da Vez” na ESPN Brasil, Kalil disse que nunca ligou e nunca torceu para a Seleção. Uma resposta clara de quem eternamente prioriza o clube. E isso me parece cada vez mais frequente. Afinal, você torce para a Seleção Brasileira? Hoje tem jogo e com público de 40 mil pessoas, mas há um sentimento verdadeiro pela Seleção? Eu tenho minhas dúvidas. Quando eu era criança, achava que sim.


Eu quero ver a Argentina na Copa do Mundo
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Alexandre Praetzel

A Argentina pode ficar fora da Copa do Mundo, após o empate de 0 a 0 com o Peru, em Buenos Aires. O selecionado é sexto colocado nas eliminatórias com 25 pontos, o mesmo número de pontos do Peru. Chile e Colômbia têm 26 pontos e o Paraguai, 24 pontos. A última rodada marca Equador(eliminado) e Argentina, em Quito. Vencendo, a Argentina estará classificada, no mínimo, para a repescagem, porque Peru e Colômbia se enfrentam em Lima.

Particularmente, eu quero ver a Argentina na Copa do Mundo. Um Mundial de quatro em quatro anos tem que ter os melhores times. Numa medida radical, acho que os oito campeões do mundo deveriam estar garantidos, quando o torneio chegar a0s 48 participantes, mas reconheço que isso é bastante discutível.

Como achar interessante, Messi não disputar a Copa? Uma seleção bicampeã ausente? Diminui sim, o brilho da competição. Não torço nem para a Seleção Brasileira, que dirá para os argentinos. Agora, um craque como Messi merece jogar, provavelmente sua quarta e última Copa, com 31 anos. E ganhar uma Copa de Messi, também dará muito valor para a conquista.

Tenho ouvido colegas meus vibrando com a possibilidade do Brasil entregar o jogo para o Chile, prejudicando a Argentina. Não acredito nisso, conhecendo Tite e a comissão técnica e Neymar liderando a equipe. Certamente, o Brasil vai com tudo para ganhar, em respeito ao futebol. Até porquê a bola pune e um dia poderemos ficar nos pés dos nossos rivais.

Então, terça-feira, às 22h20, quero ver a Argentina classificada novamente, ao lado de Brasil, Uruguai, Paraguai e Peru. Que me perdoem colombianos e chilenos, mas na reta final, o futebol deles caiu bastante. Que rodada! Todos os jogos valendo bastante.