Blog do Praetzel

Doriva vê SP com risco de queda e Ceni com potencial para ser técnico
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Alexandre Praetzel

O Atlético-GO é o último colocado do Campeonato Brasileiro, após 13 partidas. Treinado por Doriva, o ''Dragão'' luta para deixar a lanterna e vê o São Paulo como penúltimo colocado. Doriva foi ídolo do São Paulo como jogador, campeão da América e do mundo, em 1993. Também comandou o tricolor como técnico por apenas oito jogos, em 2015. Em rápida entrevista ao blog, Doriva acha que o São Paulo corre risco de rebaixamento e ainda vê Rogério Ceni com potencial para dirigir outras equipes. Acompanhem.

São Paulo corre risco de ser rebaixado?

Com certeza, se não reagir, todos nós. Nós, que estamos ali na parte de baixo da tabela, corremos riscos. Tem que reagir. Lógico, mesmo que seja nosso concorrente, a gente torce para que isso aconteça. O São Paulo é uma grande equipe. Com certeza, o Dorival vai trazer um novo ânimo para o clube. As trocas sempre favorecem isso e a gente espera que eles possam reagir, assim como nós.

A demissão do Rogério Ceni te surpreendeu?

Ele foi tratado como treinador, né. Como todos os treinadores no Brasil. A gente sabe que isso não vai ficar manchado na história dele, porque a história dele é gigante, linda. Foi um grande atleta, está iniciando a carreira dele como treinador. A gente deseja que ele se recupere, possa fazer novos trabalhos em outros clubes, experimentar, porque isso, com certeza, vai trazer um amadurecimento para ele.

Você acha que uma greve de treinadores proposta pelo Abel Braga, é uma boa ideia contra o tratamento dado aos profissionais?

Olha, não sei se a greve seria o ideal. Porém, eu acho que tem ser feita alguma coisa. A classe está muito unida, como nunca teve e merece respeito.

Neste domingo, o Atlético-GO recebe o Atlético-MG, no Estádio Olímpico, em Goiânia.


Walter admite briga eterna com a balança: “mercado do futebol fecha”
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Alexandre Praetzel

O atacante Walter em ação contra o São Paulo (Crédito: Rodrigo Gazzanei/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Pior time do Brasileiro até agora e já despontando como favorito para a queda, o Atlético-GO sofre no ano. Depois de ser campeão da Série B, em 2016, subindo com extrema facilidade, agora tem apenas oito pontos em 39 disputados. O nome mais conhecido do elenco é o atacante Walter, emprestado pelo Porto, de Portugal. Lutando eternamente para estar no peso ideal, Walter acredita na permanência do ''Dragão'' e admite que a instabilidade com a balança começou a fechar portas para ele em grandes equipes.

Desde janeiro, Walter disputou apenas 14 jogos e marcou um gol pelo Atlético-GO. Tem 27 anos e está com 85 kg.

Confira o a entrevista exclusiva ao blog:

Quando você surgiu muitos achavam que você seria um grande nome, consolidado. Você admite que faltou alguma coisa?

Não. Eu, graças a Deus, joguei em grandes times no Brasil. Fluminense, Cruzeiro, Atlético-PR, Goiás, Inter, Atlético-GO. Vinha passando por momentos difíceis, mas graças a Deus, dei a volta por cima, emagreci aquilo que eles pediram. No jogo, corri, lutei, briguei. Estou na minha melhor forma no Atlético, desde o dia em que eu cheguei. Jogo a jogo, você vai pegando ritmo e confiança, o que é mais importante para o jogador.

O problema de estar no peso existe ou é um fato superado por você?

Sempre vai ter um problema, sempre, porque sempre sofri com o peso. Lógico, estou com um controle maior porque querendo ou não, você perde, ganha, perde, ganha, fica um pouco complicado. E o mercado do futebol dá uma fechada. E pela qualidade que eu tenho, é só esse probleminha do peso aí, para quem sabe, fazer um ótimo campeonato no Atlético.

Você ainda acredita que voltará a um time grande?

Com todo o respeito, estou num time grande. Eu acho que o Atlético é um time grande, entendeu? Sem dúvida, lógico,  trabalhando bem aqui, quem sabe um igual ao Atlético ou até maior, um pouquinho.

Atlético-GO tem condições de escapar do rebaixamento para a Série B?

Total. Nosso time está com crescimento grande e a pegada que tivemos contra o São Paulo, mostra que a gente pode sair. Agora, é pensar no Atlético-MG.

Atlético-GO foi campeão da Série B em 2016 e agora está sofrendo na Série A. Por quê?

Porque se pegar a base do time campeão, eu acho que 80% foi embora. Ficaram poucos jogadores. Por isso, no campeonato goiano foi um time, no Brasileiro foi totalmente diferente. Isso atrapalha um pouco nosso grupo.


Cuca pede retorno de lateral ao Palmeiras
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras busca laterais no mercado. Um nome que pode voltar ao clube é bastante conhecido pela torcida: João Pedro, hoje emprestado à Chapecoense, até dezembro. O blog apurou que Cuca quer o retorno do lateral-direito, que recupera-se de cirurgia no joelho direito, na Academia de Futebol, com previsão de retorno em agosto.

João Pedro está com 20 anos e foi emprestado ao time catarinense, em janeiro deste ano. Disputou 21 jogos e marcou um gol. Esteve em cinco partidas da Libertadores da América e em uma do Campeonato Brasileiro. Não atuou na Copa do Brasil.

No Palmeiras, João Pedro estreou nos profissionais, em 2014. Fez 38 jogos com dois gols anotados.

Cuca ainda quer um lateral-esquerdo. O brasileiro Fábio, do Middlesbrough da Inglaterra, foi oferecido. Seus direitos econômicos custam dois milhões de euros. O técnico não se animou com o nome. O certo é que a diretoria investirá em laterais, insatisfeita com a produção de Fabiano e Egídio.


Romero virou realidade no Corinthians. Merece crédito pelo trabalho
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Alexandre Praetzel

O Corinthians conseguiu sua maior vitória no ano, ao bater o Palmeiras por 2 a 0, no Allianz Parque. Um resultado conquistado com um futebol consolidado e sem sustos, diante do seu tradicional rival. Os zagueiros Pablo e Balbuena se consagraram com os cruzamentos palmeirenses e Guilherme Arana foi decisivo ao sofrer o pênalti do primeiro gol e marcar o segundo, fechando o placar.

Agora, gostaria de destacar Romero. A atuação do paraguaio ressaltou toda sua importância tática para a equipe. Romero não tem brilhantismo técnico e já teve momentos toscos com a bola, mas evoluiu bastante e merece crédito pela sua entrega e comprometimento em campo. É um jogador que marca e ataca com a mesma potência física. Participou dos dois lances de gols, com ótimos passes para Arana.

O zagueiro Pablo resumiu a importância de Romero numa frase para mim. ''É um grande jogador. Nunca conseguiria fazer o que ele faz em campo, marcando e atacando com tanta força. É muito importante para o time'', definiu.

Estive numa entrevista coletiva no Corinthians, dias depois de sua contratação. Cumprimentou todos os jornalistas presentes, um por um, numa demonstração de educação diferente na classe futebolística. Demorou um pouco para se adaptar e quase foi negociado, como reserva do time campeão brasileiro, em 2015. Mas nunca se entregou. Treinou quieto e aguardou as oportunidades, trabalhando como nunca. Virou titular e ainda assim foi motivo de chacota por alguns jornalistas, injustamente.

Romero não é nenhum primor e talvez não entre na lista dos 100 melhores da história do Corinthians. Agora, num futebol brasileiro cada vez mais nota 6, é fundamental ter atletas conscientes das suas limitações e sempre buscando aprimoramento e superação. Esse é Romero.

Como costumo brincar no programa ''+90'' do Esporte Interativo, com dez Romeros, dá para ser campeão. Acho que não é mais brincadeira.


Deyverson custou 5 milhões de euros e foi primeiro pedido de Cuca
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras ficou 50 dias negociando a contratação de Deyverson. O blog apurou que o Verdão pagará cinco milhões de euros pelo atacante brasileiro. Ele assinará por cinco anos.

Deyverson foi o primeiro pedido de Cuca, no seu retorno ao clube. Foi observado em jogos pelo Alavés, no campeonato espanhol e Copa do Rey, quando foi vice-campeão diante do Barcelona. Sua contratação é uma convicção de Cuca e diretoria, pelo estilo veloz e definidor e também por ser canhoto.

Antes da final da Copa do Rey, o técnico do Barcelona, Luiz Enrique, proferiu as seguintes palavras sobre Deyverson.

''Deyverson é um dos atacantes complicados do futebol espanhol por seu nível técnico e físico. É muito bom no jogo aéreo, um lutador nato, continua as jogadas que cria para seu time na segunda bola. Chega muito bem na conclusão, é muito rápido na transição. É um jogador completo, que sempre será complicado de enfrentar'', afirmou, em entrevista coletiva, na ocasião.

A direção do Palmeiras comemorou o fato da contratação não ter vazado e ter sido anunciada primeiramente, no site oficial do clube. Na semana passada, Cuca e Alexandre Mattos se reuniram com vários funcionários da Academia, para discutir o porquê de tantas informações internas estarem vazando para a imprensa.


Palmeiras não poderia estar a 13 pontos do Corinthians
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Corinthians se enfrentam em mais um clássico eletrizante, nesta quarta-feira, no Allianz Parque tomado pela torcida verde. Será a 13ª rodada do Brasileiro e a diferença do líder para o Verdão chegou a distantes 13 pontos. Uma vantagem que nem os mais fanáticos palmeirenses e corintianos imaginariam, no início da competição. Mas há claros motivos para isso.

– Corinthians definiu uma forma de jogar e uma formação principal. Palmeiras ainda segue sem um time titular, na metade da temporada;

– Fábio Carille começou o ano e mantém o trabalho. Palmeiras mudou o treinador e a filosofia. Não encaixou;

– Elenco do Corinthians é inferior, mas quem substitui os titulares, não sente pressão. No Palmeiras, há pontos de interrogação e posições em debate, além da possível chegada de novos nomes;

– Corinthians ganhou o Paulista como quarta força definida. Palmeiras não conseguiu administrar o favoritismo;

– Corinthians vive em crise financeira, mas os resultados de campo silenciam a questão. Palmeiras tem superávit e muito dinheiro, mas tem ambiente conturbado com vazamento de informações e busca por culpados;

Citei algo que acompanhamos no dia-a-dia. Na minha opinião, o Palmeiras tem todas as condições de bater o Corinthians, mas futebol não se ganha apenas com cofres cheios e atletas badalados. Me parece que o título de 2016 deixou uma aura de invencível ao Palmeiras, com previsões de vitórias fáceis sobre rivais e adversários. É preciso ganhar no campo. Óbvio que o Palmeiras pode conquistar Libertadores da América e Copa do Brasil, torneios em mata-mata, onde a superação pode derrotar a qualidade e o entrosamento. Agora, estar 13 pontos atrás do Corinthians, é demais para a realidade alvi-verde. A Academia está em constante debate.

O que o Corinthians está fazendo, todo mundo acreditava no inverso. Futebol não é ciência exata e sempre pode nos surpreender.


Presidente remunerado pode ser dispensado por má gestão?
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Alexandre Praetzel

Quando me transferi para São Paulo, em julho de 2007, o São Paulo era o maior clube da América do Sul. Vinha dos títulos da Libertadores da América e Mundial, em 2005, e encaminhava o bicampeonato brasileiro, chegando ao tri, em 2008. Tinha time, elenco, planejamento e estrutura.

Dez anos depois, tudo mudou. O terceiro mandato do ex-presidente Juvenal Juvêncio determinou um golpe aprovado pelos conselheiros, como se as coisas fossem eternas e o São Paulo não precisasse se renovar. De lá para cá, manobras políticas e péssimo pensamento sobre futebol. Se auto intitulou ''Soberano'' e trouxe a ira dos rivais e adversários, como se não precisasse se modernizar.

Hoje é mais do mesmo. Não há um planejamento na principal área do clube. Jogadores são vendidos e trazidos aos montes e o São Paulo segue sem dinheiro e equipe formada. Lembro que Lucas Moura foi negociado por incríveis 40 milhões de euros, em 2013, e a gestão financeira continuava ruim. Agora, poderá bater em 200 milhões de reais e amarga a penúltima colocação no Brasileiro com pífios 11 pontos conquistados.

O estatuto mudou e o discurso de ''profissionalismo'' surgiu. O presidente Leco é remunerado com R$ 27 mil mensais. Acho justo, para quem se dedica integralmente, com um Conselho de Administração formado por seis membros, com ganhos de R$ 5 mil para cada, através de uma reunião a cada 30 dias. Mas as cobranças também devem ser feitas em cima de resultados, nos gabinetes.

A pergunta que fica é: Presidente remunerado pode ser dispensado, por má gestão? Numa empresa, é assim que funciona. Se não houver resultados, cai o principal executivo. Não sei se seria a melhor atitude para o São Paulo, mas a omissão dos conselheiros e a falta de visão num gigante do continente, determinam a situação atual.

Rogério Ceni foi escolhido para agradar a torcida e garantir uma vitória nas urnas para mais um mandato de três anos. O risco foi grande e o ''Mito'' já foi embora. O São Paulo pode e vai reagir, mas sem nenhuma garantia de que permanecerá na Série A com total tranquilidade.

Dez anos depois, não imaginava ter que escrever essas palavras. Ninguém é invencível e insubstituível.


Centurión deve voltar ao SP, após Boca Juniors não exercer opção de compra
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Alexandre Praetzel

O São Paulo deve ter a volta de Centurión, nos próximos dias. O argentino estava emprestado ao Boca Juniors, com opção de compra por parte do clube. O blog apurou que dirigentes do Boca informaram aos representantes de Centurión, que não ficarão com o atleta.

Centurión ficou irritado com o Boca, que ofereceu quatro milhões e meio de euros por Guido Pizarro, meia do Tigres do México, e não manifestou interesse na sua permanência. Pizarro acabou sendo negociado com o Sevilha da Espanha.

Centurión chegou ao Boca, em 2016. Disputou 24 jogos e marcou oito gols. Foi elogiado por algumas atuações, mas criticado por problemas extra-campo, inclusive com o ex-astro Diego Maradona.

No São Paulo, Centurión foi contratado, em 2015, na gestão de Ataíde Guerreiro e Gustavo Oliveira. Custou R$ 14 milhões ao Racing da Argentina. O dinheiro foi emprestado pelo atual diretor de futebol, Vinícius Pinotti. Pinotti nega que tenha cedido os valores para a aquisição de Centurión. Apenas manifestou o desejo de ajudar o tricolor, sem saber onde o montante seria investido.

Centurión fez 80 partidas com oito gols no São Paulo. Desembarcou como bom reforço, mas não convenceu dentro de campo. Tem contrato até 2020.

Dorival Jr. vai definir se Centurión será reaproveitado. A tendência é de novo empréstimo.


Ex-auxiliar de Ceni critica Leco e diz que trocas no time motivaram saída
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Alexandre Praetzel

Michael Beale chegou ao São Paulo, como auxiliar de Rogério Ceni. O novo treinador do time queria trazer trabalhos e métodos diferentes aos treinamentos, com a chegada de um profissional europeu. Oito meses depois, Beale pediu demissão, antes da dispensa de Rogério Ceni. Em entrevista ao blog, Michael Beale detalhou os motivos da sua saída, criticando a gestão do presidente Leco e a falta de planejamento no clube. Confira a seguir.

Qual a causa principal da tua saída? É verdade que você teve divergências de idéias com Pinotti sobre a venda de jogadores?
''Não. Eu nunca tive nenhuma comunicação direta com Vinicius, sobre jogadores. Rogério foi a pessoa que falou com os diretores na compra e venda de jogadores. Minha frustração foi que tivemos muitas mudanças de jogadores. Foi muito difícil construir uma equipe. Mas eu não discuti ou entrei em desacordo com alguém no clube. Eles tomaram decisões que eu não pensei que eram boas para a equipe e não permitia qualquer planejamento de longo prazo. Então eu pedi para sair. Se você olhar para Grêmio ou Corinthians – eles não mudam e eles podem construir uma equipe. O São Paulo tem bons jogadores, mas não uma equipe, porque o elenco muda com muita frequência''.

Qual foi a principal mudança que houve do projeto inicial para aquele que você desistiu? Você pensou em sair em março e desistiu pelo Rogério?
''Em março, tive uma decisão a fazer porque tive uma excelente oferta para retornar à Inglaterra. Mas, naquele momento tivemos um início muito forte com apenas uma derrota em 10 jogos. Nós mudamos o estilo de jogo da temporada anterior e fomos agressivos em nossos objetivos marcantes. Minha preocupação era apenas na organização no clube e não havia nenhum planejamento claro a longo prazo. Eu não estava acostumado com isso. O plano para o time e o negócio não estavam vinculados tão próximos quanto deveriam. Mas, eu vim ao Brasil para trabalhar em um ótimo clube, então naquele momento eu esperava ajudar para mudar as coisas. Os jogadores estavam muito motivados e Rogério estava funcionando bem''.

Como europeu, valeu a pena ter trabalhado num grande clube do Brasil ou estamos muito atrasados em relação à Europa?
''Foi um prazer trabalhar no Brasil. É o país que é amado em todo o mundo por causa do futebol. Foi uma experiência excelente para mim pessoalmente. Sinto falta dos jogadores e comissários na Barra Funda. Meu português melhorou especialmente em palavras específicas de futebol e tive um bom relacionamento com todos os que trabalhavam na equipe. A organização de clubes no Brasil é muito diferente da Europa e o horário do jogo está muito congestionado. Essas coisas não ajudam o desenvolvimento do campeonato brasileiro. Mas eu gostei de tudo e espero voltar e trabalhar mais no Brasil no futuro. O potencial para mudar e desenvolver o futebol é enorme. Os jogadores jovens são excelentes para trabalhar''.

É verdade que antes do jogo contra o Flamengo, a diretoria pediu para não escalar o Cueva por que o jogador estava próximo de ser negociado?
''Saí na sexta-feira e não estava no treino no sábado. Eu acho que isso não é verdade. Cueva sempre quis jogar e é uma pessoa muito boa no centro de treinamento. Ele tem personalidade, que é importante. Não creio que o Pinotti solicitasse isso a Rogerio. A equipe já havia perdido Thiago Mendes para esse jogo''.

Rogério Ceni será um bom treinador, na tua opinião? O estilo de trabalho dele te lembra qual profissional?
''Na minha experiência dentro do São Paulo, o trabalho de técnico foi o mais difícil que eu poderia imaginar no futebol. Em 34 jogos (antes de sair), vendemos 180 milhões em jogadores, tivemos tantas mudanças no elenco e também trouxemos sete jogadores da base para jogar pela primeira vez na equipe principal. Nas semanas internacionais, também perdemos grandes jogadores por dois ou três jogos por vez. Então, acho que julgar Rogério nesses 34 jogos com tantas coisas instáveis ​​não é correto. Ele é um treinador que gosta de estar no campo com os jogadores. Ele acredita em dar oportunidades aos jovens jogadores. Ele queria desenvolver um estilo de jogo mais próximo dos grandes times da Europa. Creio que em um trabalho diferente ele vai fazer um grande sucesso. O São Paulo não foi um clube fácil para o técnico – a história mostra que o treinador muda muito nos últimos oito anos''.

O dia-a-dia dos treinos foi respeitado pelos atletas ou houve reclamações internas com os métodos adotados? 
''Não vi nenhum jogador infeliz. No último mês, eu via os grandes jogadores frustrados com os outros grandes jogadores saindo. Isso é natural e aconteceria em qualquer equipe. Se você quer ganhar, você precisa construir uma ''espinha'' forte para a equipe''.

Voltarias a trabalhar no futebol brasileiro ou seguiria com o Rogério em novos desafios, dentro ou fora do Brasil?
''Sim. Estou concentrado nos bons momentos. Gostei de viver no Brasil e as pessoas são muito amigáveis. Se o projeto é bom e tem um plano de longo prazo. Então eu gostaria de voltar e trabalhar novamente no Brasil''.

Como você define a gestão e o presidente Leco?
''Uma pergunta difícil de responder porque não quero criar nenhum drama. O São Paulo é um ótimo clube e estou orgulhoso de trabalhar lá. Eu só desejo sucesso no futuro. Eu não tenho um relacionamento com ele. bom ou mau. Eu acho que ele quer o melhor para o SPFC. Ele é um fã da equipe. Mas não está funcionando para ele neste momento. Os fatos não mentem. Muitos jogadores saem e chegam sem um plano que os fãs entendam. Não apenas este ano. Então suas palavras sobre dar ao treinador ''todas as condições para trabalhar'' são falsas com base em fatos. Eu acho que o maior erro é não dar clareza ao plano para o clube. Para dar aos fãs a honestidade na direção do clube financeiramente e no campo. Ele perdeu uma grande oportunidade com Rogério para mudar a direção. Mas eu espero que ele possa ter sucesso. Dorival é um treinador muito bom e quero sucesso para as pessoas dentro do clube e torcedores''.

Pintado vai comandar o São Paulo, domingo, contra o Santos. Dorival Jr. assume o cargo, segunda-feira, para estrear diante do Atlético-GO, quinta-feira, no Morumbi.


Palmeiras pode anunciar atacante da Seleção do Chile
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras está próximo de anunciar a contratação de um atacante para o restante da temporada. Desde que chegou, o técnico Cuca falou abertamente sobre a busca por um reforço com estilo aguerrido, participativo e ''fazedor'' de gols. O diretor-executivo, Alexandre Mattos, analisou vários nomes. No momento, o blog apurou que o mais cotado é o chileno Eduardo Vargas, titular da Seleção, desde a Copa do Mundo 2014 e Bicampeão da Copa América 2015/16 e Vice-Campeão da Copa das Confederações. O argentino Palácio, ex-Inter de Milão e livre no mercado, também foi oferecido.

Vargas está com 27 anos. Passou pelo Grêmio, onde jogou a Libertadores da América, em 2013, emprestado pelo Napoli da Itália. No time gaúcho, fez 37 jogos e marcou nove gols. Depois, Vargas rodou por Valencia-ESP, Queens Park Rangers-ING e Hoffenheim-ALE, até chegar ao Tigres-MEX. No clube mexicano, Vargas disputou 18 partidas com três gols marcados, desde 2016. Tem bastante experiência internacional.

Pela Seleção do Chile, são 73 confrontos e 34 gols.

A possível chegada de um atacante não tem relação com uma desistência por Diego Souza.

O jogador deixou claro que pretende definir sua situação com o Sport, nesta sexta-feira. O Palmeiras aguarda. O empresário do atleta, Eduardo Uram, está à frente das conversas.