Blog do Praetzel

Cruzeiro pode ser o divisor de águas do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

O título acima é um clichê, sim. Você já leu inúmeras vezes, em outros textos e entrevistas. Mas escancara a realidade do Palmeiras, logo mais. A conquista da vaga diante do Cruzeiro vai colocar o time nas semifinais da Copa do Brasil e embalar o Verdão para o confronto contra o Barcelona de Guayaquil, dia 09 de agosto, pela Libertadores da América. Uma eliminação deixará o Palmeiras com novos questionamentos, além dos que ainda não foram respondidos pelo elenco e comissão técnica.

Estamos em 26 de julho e o Palmeiras não tem um time definido. Dos três grandes reforços do ano, só Guerra apresentou o desempenho esperado. Felipe Melo conviveu com lesão e desgaste e Borja ainda é debatido sobre seu custo-benefício. Numa escala inferior de expectativa, Willian deu ótima resposta, mas se machucou. Keno tem sido um bom reserva. Michel Bastos tem altos e baixos. Raphael Veiga foi pouco utilizado.

O elenco foi encorpado com Mayke, Luan, Juninho, Bruno Henrique e Deyverson, mas eles não estão inscritos no torneio nacional.

Claro que o Palmeiras com Jaílson; Jean, Mina, Edu Dracena e Egídio; Tiago Santos, Tchê Tchê, Zé Roberto(Borja) e Guerra; Dudu e Róger Guedes, pode ganhar do Cruzeiro no Mineirão, depois de buscar um empate de 3 a 3, após estar perdendo por 3 a 0, em São Paulo. Mas muito mais pela qualidade dos seus jogadores do que pela média anual. Padrão tático ainda em discussão e constantes alterações não transformam o Palmeiras em favorito, como era esperado, no início do ano.

Como o Brasileiro ficou difícil, 14 pontos atrás do Corinthians, o mata-mata virou prioridade. Certamente, será um jogo emocionante e, quem sabe, a resposta do Palmeiras a quem tem dúvidas sobre a capacidade do grupo para levar o time a uma grande conquista em 2017.


Edílson elogia Corinthians, mas vê o Grêmio com o melhor futebol do Brasil
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Alexandre Praetzel

O Grêmio empatou com o São Paulo e viu a desvantagem para o líder Corinthians, aumentar de seis para oito pontos, no Campeonato Brasileiro. Apesar disso, os jogadores acham que é possível alcançar o adversário, sem esquecer também da Copa do Brasil e da Copa Libertadores da América. O blog entrevistou o lateral Edílson, ex-lateral do Corinthians, sobre essa disputa particular e o modelo de jogo tricolor, elogiado por treinadores e atletas adversários. Acompanhem a seguir.

A vantagem de oito pontos do Corinthians em relação ao Grêmio, te surpreende?

Eu acho que eles estão fazendo o que ninguém fez ainda no Campeonato Brasileiro, abrir esta margem de pontos tão grande no primeiro turno. Mas não surpreende não, porque é uma equipe bem treinada, conheço o Carille da época que eu jogava lá. Mas acho que tudo isso ainda é muito cedo para dizer que eles serão campeões ou não. Tem muito campeonato pela frente.

Vocês sentem que o Grêmio joga o melhor futebol do Brasil?

A gente sente sim. A gente trabalha para isso. A gente vê, além de nós termos a auto-consciência do futebol que a gente vem apresentando, a gente vê elogios de adversários, jogadores e técnicos. Então, acho que isso é o trabalho, é a nossa equipe. Saber que esse toque de bola é fundamental no jogo atual. A equipe está de parabéns por fazer isso, tanto dentro quanto fora de casa, que é muito difícil também.

O Grêmio é um time mais afeito ao mata-mata da Copa do Brasil e Libertadores, ao invés do Brasileiro?

Eu acho que não. A gente está vivíssimo nas três competições. Na Copa do Brasil, faltam cinco jogos. Na quinta-feira, a gente tem uma decisão contra o Atlético-PR, onde a gente tem uma vantagem muito boa (4 x 0 no jogo de ida). Depois, a gente está muito bem na Libertadores e no Brasileiro também, estamos na segunda colocação e como eu disse, a gente está na 16ª rodada ainda e tem muito para acontecer. O futebol é muito dinâmico e as equipes vão crescer no segundo turno. A gente espera fazer nossa parte para que as coisas aconteçam naturalmente.

Em 2015, você viveu um desmanche no Corinthians. O Grêmio pode passar por isso*?

Isso eu não sei. Isso a gente deixa para a diretoria. Acredito que todo futebol bem feito, bem visto, traz sim uma visibilidade maior para a equipe e acredito que haverá propostas ao natural.

* Os jovens Luan e Pedro Rocha aparecem como possíveis nomes negociáveis, nesta janela européia do meio do ano. Ramiro também já foi sondado. A direção do Grêmio admite a necessidade de venda, para fechar as contas, sem prejuízo, nesta temporada.


Após atrito com Dorival, Vecchio se destaca e curte bom momento no Santos
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Alexandre Praetzel

Emiliano Vecchio chegou ao Santos em 2016, indicado por Dorival Jr. O meia argentino veio do Qatar SC e demorou um tempo para estrear. Fez apenas nove jogos, sem marcar gols. Em 2017, teve uma discussão com o treinador e fez críticas nos bastidores e foi afastado. Voltou ao time assim que Dorival foi dispensado pela diretoria. Curiosamente, o Santos melhorou com a sua entrada no time.

Diante do Bahia, na vitória por 3 a 0, Vecchio foi o melhor jogador em campo. O blog o entrevistou com exclusividade sobre o seu bom momento, o incidente com Dorival e as possibilidades de títulos para a equipe. Confira.

Você está vivendo seu melhor momento no Santos?

Um momento bom, como o que está vivendo o time. Faz várias partidas que estamos conseguindo vitórias, não estamos tomando gols. É o que eu falo. O mais importante é poder somar para que o time possa ganhar. Isso é o mais importante.

É possível ganhar um título, jogando num esquema com um volante, você e Lucas Lima e mais três atacantes?

É. Esperamos, né. O professor está provando, nada definitivo. Ele tem muitos jogadores e ele vai mudando. Está provando. Alguns jogos, atuou Leandro Donizete, outros Yuri, Alisson e o mais importante é ajudar a ganhar.

Santos tem time para ganhar Libertadores ou Copa do Brasil?

Santos tem um time muito bom. Ainda precisamos melhorar muito para podermos ser campeões. Sabemos disso. Somos conscientes disso. Estamos trabalhando para isso. Tem uma história muito boa na Libertadores e isso conta também. E uma torcida maravilhosa. Onze da manhã com 35 mil pessoas, não é nada fácil.

O incidente com Dorival te atrapalhou no Santos?

Não. Eu sempre falo. Sou um cara que eu falo o que eu penso. Falo na cara, sempre com respeito, mas eu falo na cara. Há pessoas que entendem e outras não. Muitas vezes, o jogador é o empregado, nesse caso. O treinador é o chefe e ele decidiu me afastar. Mas está tudo bem. Na verdade, não tenho nenhum problema com ele. A situação se deu desse jeito e eu sempre falo, tenho que trabalhar, ser honesto, que Deus vai premiar as pessoas que são honestas.

Vale a pena jogar no Pacaembu, pela maior presença de torcedores?

Para nós, jogar na Vila ou Pacaembu, é a mesma coisa. A Vila tem uma mística, que é muito difícil perder lá e o Pacaembu, tem outras coisas. Você vai, o torcedor lota o estádio e para nós, é uma ajuda importante.

Dá para virar em cima do Flamengo, quarta-feira, na Copa do Brasil?

Flamengo é um grande time, sabemos, muito parelho conosco. Vamos buscar, né. Sabemos que estamos dois a zero atrás e o time precisa do minuto um ao minuto 90, tentar virar esse jogo.

Na temporada, Vecchio fez seis partidas com um gol marcado. Quarta-feira, deve ser mantido entre os titulares. O Santos precisa vencer o Flamengo por três gols de diferença para chegar às semifinais da Copa do Brasil, após perder por 2 a 0, no Rio de Janeiro.

No Campeonato Brasileiro, o Santos é o terceiro colocado com 30 pontos, dez atrás do líder Corinthians.


Santos precisa do Pacaembu. E vice-versa
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Alexandre Praetzel

Neste domingo, acordei cedo e me dirigi ao Pacaembu para ver Santos e Bahia. No trajeto do meu bairro até o estádio, milhares de santistas chegando em famílias, grupos de amigos e muita tranquilidade. A bela manhã de sol se refletiu no estádio com ótimo público e vitória santista por 3 a 0.

Quando o locutor anunciou o público de 32.869 pagantes com 35.769 no total e renda de R$ 1.282.430,00, torcedores aplaudiram. E isso aconteceu porque os santistas querem um local maior para ver seu time do coração. A Vila Belmiro é histórica e teve sua importância, mas ficou defasada, perto das novas arenas.

Só para efeito de comparação, no último clássico entre Santos e São Paulo na Vila, houve 10.520 pessoas para R$ 423.000,00. Palmeiras e Corinthians se enfrentaram no Allianz Parque para 39.091 pagantes e R$ 2.800.000,00 de bilheteria. A diferença é abissal. A curto prazo, o Santos ainda pode concorrer, mas a médio e longo prazo ficará para tràs, numa espécie de Série B financeira, perto dos rivais.

O Santos necessita de um estádio maior, com mais conforto e capacidade para também aumentar suas receitas. Dirigentes e conselheiros precisam fugir do discurso provinciano e pensar o Santos grande, como sempre foi. A conversa de que o time é mais forte na Vila, também é passado. Em 2017, perdeu para Ferroviária, São Paulo, Cruzeiro e Sport.

Então, é hora do Santos ter uma casa melhor. Acho que o Santos precisa do Pacaembu e vice-versa. Claro que o poder municipal pode ajudar, num acordo bom para ambas as partes. E isso já passou do tempo, na minha opinião.

Adoro o Santos. Nasci em Porto Alegre e sempre vi esse clube histórico concorrer de igual para igual na questão técnica. Agora, se não mudar o pensamento profissional e empresarial, vai perder muito espaço, cada vez mais.


Wesley encaminha rescisão com o SP e recebe sondagens de clubes da Série A
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Alexandre Praetzel

Wesley e São Paulo encaminharam a rescisão de contrato do jogador. O compromisso iria até dezembro de 2018. A relação entre Wesley e a diretoria já vinha desgastada, desde a invasão do CT da Barra Funda, por torcedores uniformizados, dia 27 de agosto de 2016. Na ocasião, Wesley foi agredido junto com Michel Bastos e Carlinhos e o presidente Leco minimizou o incidente.

Wesley chegou ao São Paulo em março de 2015, após deixar o Palmeiras, onde participou de 102 partidas com 12 gols marcados, de 2012 a 2014. No tricolor, disputou 80 partidas e marcou dois gols.

O blog apurou que Wesley já foi sondado por três times da Série A do Brasileiro, nenhum deles do futebol paulista. Existe ainda a possibilidade de se transferir para um clube do futebol árabe.

Wesley está com 30 anos e foi revelado pelo Santos, aparecendo com qualidade no time campeão paulista e da Copa do Brasil, em 2010, liderado por Neymar, Ganso e Robinho.


Cuca define Jailson como novo goleiro titular do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Jailson é o novo titular do gol do Palmeiras. O blog apurou que o técnico Cuca determinou esta situação e dará sequência ao goleiro. Jaílson está mantido contra o Sport, domingo, na Arena Pernambuco, depois de voltar ao time no empate de 2 a 2 com o Flamengo, na última quarta-feira, quando defendeu um pênalti.

Em 20 jogos da Série A do Brasileiro, Jailson não perdeu nenhum, quando foi escalado na formação principal. Desde 2014, tem 29 partidas disputadas. Ele tem contrato com o Verdão, até dezembro de 2018.

Fernando Prass perdeu a posição e ainda não renovou seu compromisso com o clube, válido até o final do ano. Prass já pode assinar um pré-contrato com qualquer equipe. Ele afirma que ainda não recebeu nenhum contato da diretoria para iniciar qualquer negociação. Atualmente, Prass é representado pelo empresário Giusepe Dioguardi, o mesmo de Paulo Henrique Ganso.

Prass chegou ao Palmeiras, em 2013. Fez 237 jogos pela equipe.


Vasco tenta contratar dois jogadores do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

A diretoria do Vasco aproveitou a passagem por São Paulo para buscar a contratação de dois jogadores do Palmeiras, por empréstimo, em um acerto entre os dois clubes, ainda pela chegada de Luan ao Verdão. O Vasco pretende reforçar seu elenco, depois da saída de Nenê e da falta de maiores opções para o técnico Milton Mendes.

O blog apurou que o Vasco fez consultas por Raphael Veiga, Hyoran e Erik. Os três têm recebido poucas chances de Cuca.

Raphael Veiga veio do Coritiba com grande cartaz, mas não conseguiu sequência. Já disputou 16 jogos e marcou dois gols.

Hyoran tem apenas quatro partidas e já teve empréstimo cogitado para a própria Chapecoense, de onde foi contratado.

Erik custou R$ 13 milhões e foi trazido como ótimo reforço do Goiás, em 2016. Não repetiu as boas atuações em 44 partidas. Fez só três gols.

Dirigentes vascaínos aguardam a resposta do Verdão. Está tudo na mão de Cuca. Se ele aceitar liberar dois nomes, a negociação será fechada.


Mayke acha possível buscar o Corinthians e deixa titularidade para Cuca
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Alexandre Praetzel

Mayke chegou ao Palmeiras por determinação do técnico Cuca. O treinador entendeu que o lateral direito do Cruzeiro seria um ótimo reforço para se fixar como titular da equipe. Após dez jogos disputados e um gol marcado, Mayke começa a mostrar confiança e qualidade para se firmar definitivamente no time. O blog entrevistou o jogador sobre o momento do clube, a luta pelo título brasileiro e a disputa pela vaga na formação principal. Confira a seguir.

Tua atuação contra o Vitória foi a melhor desde que você chegou ao Palmeiras?

É, pude sim fazer um grande jogo. Contra o Grêmio também fiz um grande jogo, mas domingo saiu o gol. Pelo gol, pode ter sido minha melhor partida. O que importa é que a equipe fez uma excelente atuação, pôde imprimir o ritmo dentro de casa. Todos nós estamos de parabéns. Nesta quarta, temos um jogo importante pela frente e esperamos fazer uma grande atuação.

Você foi bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro. Agora, o Corinthians disparou na liderança. Dá para buscar?

Sim. O Campeonato Brasileiro é muito longo. Não podemos desistir. Sabemos que estamos em três competições, mas estamos preparados para disputar cada uma. Então, vamos buscar. O Palmeiras é time grande, tem que lutar sempre por títulos. Estamos cientes que vamos correr atrás para poder chegar no início da tabela, encostar no Corinthians, para depois pensar em título.

Está na hora de você se firmar como titular da lateral direita?

O professor Cuca é muito inteligente. Escala a nossa equipe, sabendo dos adversários. Então, quem ele colocar ali, tenho certeza que vai dar o seu máximo. Se ele me escalar, vou procurar dar o meu máximo dentro de campo e fazer de tudo para estar levando alegria aos torcedores e ajudando o Palmeiras.

O Palmeiras enfrenta o Flamengo, nesta quarta-feira (19), na Ilha do Urubu. A tendência é que Mayke seja mantido entre os titulares. O Palmeiras é quinto colocado no Brasileiro, com 22 pontos em 42 disputados. Tem aproveitamento de 52,4%.


Felipe Melo: “Se houve uma crise no Palmeiras, foi chutada para lateral”
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Alexandre Praetzel

Felipe Melo em ação contra o Vitória (Crédito: Agência Palmeiras)

Felipe Melo é considerado um dos líderes do grupo do Palmeiras. Contratado como grande reforço, o volante voltou aos titulares, no último domingo, e foi aclamado pela torcida, depois da vitória sobre o Vitória. O jogador acha que o resultado afastou qualquer possibilidade de crise no vestiário alviverde. O blog entrevistou Felipe Melo sobre o atual momento da equipe e a busca incessante por títulos, em 2017. Confira a seguir.

Houve princípio de crise no Palmeiras por ficar tão distante do Corinthians?

Se houve um princípio de crise, ela foi chutada para lateral. Nós vencemos o jogo contra o Vitória, conquistamos os três pontos, o torcedor fez a parte dele. Então, se teve uma crise, essa crise foi chutada para lateral.

O Palmeiras corre o risco de não ganhar nada esse ano pelo desempenho do time?

Essa situação de que vai ganhar ou não vai ganhar, é coisa da Mãe Dinah. É complicado eu poder falar, a gente vai ganhar ou o Corinthians vai ganhar. A gente tem que falar do presente. O presente é: o Corinthians está na frente. Depois, tem o Flamengo. A gente está em quinto hoje, então a gente tem que pensar no nosso presente. Podemos ser campeões brasileiros, da Libertadores e da Copa do Brasil, mas a gente tem que correr para isso.

Ficou muito difícil de buscar o Corinthians, 14 pontos atrás?

Vamos falar do Palmeiras. Vamos esquecer o Corinthians. Corinthians está em primeiro, parabéns ao Corinthians. Tropeçou em casa, agora vai jogar contra o Avaí fora e nós vamos jogar um jogo dificílimo contra o Flamengo. Campeonato Brasileiro é isso. Não temos que pensar no Corinthians não, temos que pensar em quem está na nossa frente. O Corinthians já está lá. A gente tem que pensar, não sei, no Flamengo e em outras equipes. Vamos por partes, degrau em degrau e a gente vai chegar lá.

O trabalho de todos no Palmeiras está bom?

Qual era a ideia do Palmeiras quando começou a temporada? Brigar por todas as competições, certo? Brigamos pelo Paulista, infelizmente não vencemos. Nos outros três, tem alguma coisa perdida ou nós podemos vencer? Então, por que a gente vai jogar tudo por água abaixo? A gente está brigando e a ideia é continuar assim.

Felipe Melo já disputou 26 jogos pelo Palmeiras e marcou dois gols. Ficou fora de algumas partidas por lesão.

O Palmeiras volta a campo, nesta quarta-feira (19), contra o Flamengo, na Ilha do Urubu, no Rio de Janeiro, pelo Brasileiro.


O São Paulo de hoje me lembra o Palmeiras de 2014
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está ameaçado de rebaixamento, sim. Tem apenas 12 pontos em 42 disputados e estreou um treinador, na 13ª rodada. Para quem acompanhou a trajetória difícil de times grandes ameaçados, nos últimos anos, o São Paulo me lembra o Palmeiras de 2014, salvo na última rodada daquele ano, favorecido por um tropeço do Vitória contra o Santos.

Em 2014, após 14 jogos, o Palmeiras era 14º colocado e tinha 14 pontos, dois pontos à frente do lanterna Coritiba, numa disputa absurda na parte de baixo da tabela. O São Paulo tem 12 pontos e é o 18º.

O Palmeiras escapou com 40 pontos. Provavelmente, o número subirá em 2017.

O São Paulo está com seis estrangeiros no elenco. O Palmeiras tinha sete e contratou quatro argentinos no meio do ano: Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo.

O tricolor ainda está em formação e ninguém consegue dizer quais são os titulares. O Palmeiras nunca teve um time estruturado e penou até o fim.

Rogério Ceni caiu na 11ª rodada, Pintado ficou um jogo como interino e Dorival Jr. chegou. No Palmeiras de três anos atrás, Gilson Kleina caiu na 3ª rodada. Alberto Valentim foi interino até a parada da Copa do Mundo e o argentino Gareca assumiu, dispensado depois de nove jogos do Brasileiro. Dorival Jr. foi contratado e comandou a equipe em 20 partidas.

Acredito que o São Paulo tem melhores jogadores e elenco em relação ao Palmeiras, mas as situações são bem parecidas. Os dois planejamentos foram equivocados. O São Paulo ainda tem gente para estrear e Rodrigo Caio pode sair a qualquer momento. Reforços não estão descartados. Dorival iniciou com tempo para tirar o tricolor do Z4, mas já admite preocupação com o momento delicado e pouco tempo para treinar, a curto prazo.

A nível de comparação, o Palmeiras que terminou o Brasileiro de 2014 foi escalado com Fernando Prass; João Pedro, Lúcio, Nathan (Victorino) e Vítor Luiz; Gabriel Dias, Renato, Wesley (Cristaldo) e Valdívia; Mazinho (Mouche) e Henrique Dourado.

Acho que Renan Ribeiro; Bruno, Arboleda, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Jucilei, Petros, Gomez e Cueva; Wellington Nem e Pratto é uma formação superior, mas não tem provado isso e vive uma fase técnica terrível. As coincidências podem aumentar pelo pensamento de futebol equivocado, nas duas ocasiões. A diferença é que o Palmeiras já conhecia o gosto amargo da segunda divisão. O São Paulo ainda não. Então, é bom o São Paulo tomar cuidado, porque muitas vezes os presidentes rivais copiam o que há de pior nos adversários. A história já mostrou isso.