CBF cobra da Fifa, algo que ela não apoia em seu próprio território
Alexandre Praetzel
A CBF questionou a Fifa sobre os critérios adotados para o uso do VAR, no jogo do Brasil contra a Suiça. Dirigentes querem saber o que foi conversado entre o árbitro principal e o árbitro de vídeo e por que não houve marcação de falta de Zuber em Miranda, no gol suiço.
Ora, a atitude dos comandantes do futebol brasileiro, soa como estranha e até, hipócrita. Protestar faz parte, mas pedir algo no qual a própria entidade é contra, beira a falsidade.
No Campeonato Brasileiro, a CBF quis entregar a conta da implementação do VAR, para os clubes. Os nobres mandatários não levaram em conta, que a Confederação fatura muito com a Seleção, patrocínios e percentuais de rendas das partidas, na hora de cobrar uma posição dos presidentes. Com a recusa, a ideia foi engavetada.
No caso do Palmeiras, na final do Paulista, a CBF não deu a mínima para a reclamação sobre interferência externa e pedido do VAR. Agora, por interesses próprios, pede uma transparência que ela mesma sonegou no seu território.
É aquela história simples. Para mim, tudo. Para os outros, nada.
Quem sabe vamos tratar de cobrar mais futebol e atitude dos atletas do que buscar coisas em algo que vocês mesmos são resistentes?
O Cel. Nunes poderia ser o primeiro a dar exemplo.