Uruguai venceu pela defesa. Suárez ficou devendo
Alexandre Praetzel
A máxima dos uruguaios em estreias de Copa do Mundo, foi mantida. Eles sempre dizem que todos os primeiros jogos são muito sofridos. E contra o Egito não foi diferente. Vitória por 1 a 0, com gol do zagueiro Giménez, próximo do final da partida. Algo que não acontecia desde o Mundial de 1970, quando o Uruguai fez 2 a 0 em Israel.
Tabarez escalou um time mais leve, com Betancourt e Arrascaetta como meias, para a bola chegar mais vezes a Suárez e Cavani. Não funcionou. Um time travado no primeiro tempo, facilitando a marcação do Egito e criando poucas chances. Suárez teve uma oportunidade, mas bateu de tornozelo na bola.
Na segunda etapa, o Uruguai voltou mais ligado e Suárez parou no bom goleiro El Shenawy. Sánchez e Rodríguez entraram e o Uruguai melhorou, permanecendo mais tempo no ataque e próximo à área. Cavani recuou um pouquinho para servir Suárez. A dupla funcionou e El Shenawy fez uma defesaça em chute de Cavani. Depois, uma bola na trave e o gol de cabeça de Giménez, tirando o Uruguai do sufoco. Festa uruguaia e decepção de Salah, que só assistiu a tudo, do banco de reservas.
Foi uma pena Salah não ter atuado. Se ele não foi escalado num jogo tão importante, sua presença está em risco, certamente, nos próximos confrontos. Com Salah em campo, a história poderia ser outra, claramente.
O Uruguai tem uma defesa consistente, mas precisa melhorar a transição do meio-campo para o ataque. Qualquer seleção gostaria de ter Suárez e Cavani, como dupla ofensiva. Mas a bola tem que chegar. Resultado importantíssimo para terminar em primeiro, e escapar da Espanha, nas oitavas-de-final.