SP se acostumou a perder. Com essa bolinha, não passa pelo Atlético-PR
Alexandre Praetzel
Escrevi ontem no blog, que os jogadores do Atlético-PR estavam encantados com Fernando Diniz e que o São Paulo teria dificuldades no primeiro jogo da quarta fase da Copa do Brasil, em Curitiba. Não deu outra. O tricolor tem que agradecer por ter perdido apenas por 2 a 1. Isso que achou um gol com Trellez, mas durante todo o tempo, foi inferior ao Furacão.
Diego Aguirre escalou a formação que atuou contra o Corinthians, retornando com Rodrigo Caio na vaga de Bruno Alves. O São Paulo não teve força ofensiva e foi dominado por uma equipe que prioriza a posse de bola e que joga no ataque, também. Foi apenas o quinto jogo de Fernando Diniz, à frente do Atlético-PR. Não foi uma atuação de luxo, mas o simples fato de ter uma proposta tática definida e um grupo comprometido, bastou para vencer o São Paulo. Poderia ter sido mais do que 2 a 1.
Aguirre tentou a formação com três zagueiros, quando colocou o lateral Régis no lugar de Marcos Guilherme. O São Paulo até melhorou um pouco, porque a marcação cresceu e o Atlético não teve tanto espaço como antes. Mas isso é muito pouco. A atitude e a pegada dos confrontos diante do Corinthians, não foram repetidas. O São Paulo parece que se conforma com a derrota, quando sai atrás no placar. E isso está se tornando rotineiro. Parece que o time se acostumou a perder, demorando para pensar numa reação. Óbvio que Aguirre não é culpado, porque chegou agora. Mas depois de cinco dias de treinos, era preciso mostrar algo positivo e, mais uma vez, o São Paulo foi mais do mesmo.
Com essa bolinha e esse nível de atuação, dificilmente o São Paulo passará pelo Atlético-PR. Terá que ganhar de uma equipe mais encorpada e com uma forma de jogar muito melhor que o São Paulo. É verdade que uma vitória por um gol, leva a decisão da vaga para os pênaltis. Mas será que o São Paulo não será vazado por um adversário que atua constantemente no ataque? A situação se complicou, claramente.