Braz se esquiva sobre L.Lima e Oliveira e vê mata-mata preferido no Brasil
Alexandre Praetzel
O Santos ainda sonha em alcançar o Corinthians, na luta pelo título brasileiro. Oito pontos atrás, os jogadores apostam no futebol apresentado pela equipe e no comprometimento do elenco. O blog entrevistou David Braz com exclusividade. O zagueiro aposta no trabalho e na entrega dos companheiros, admitindo também que o calendário estendido atrapalhou o planejamento do clube. Confira o bate-papo a seguir.
O que falta para o Santos chegar no Corinthians?
A gente fez nossa parte no clássico contra o Palmeiras e tem que fazer nossa parte primeiro. Não adianta torcer para o Corinthians tropeçar. A gente tem que continuar nessa pegada, nesse trabalho e tentar passar por cima das dificuldades que vamos encontrar, começando contra a Ponte Preta. É um campeonato muito difícil e a gente tem que trabalhar para tentar alcançar o Corinthians.
O calendário estendido de Copa do Brasil e Libertadores, atrapalhou ou isso não teve influência?
Diminuiu a qualidade do Brasileiro, na minha opinião. As equipes têm dado prioridade as outras competições, mata-matas, onde é uma partida, você tem que estar ligado. O torcedor mesmo, quando tem dois jogos na mesma semana, tem Libertadores e Brasileiro, acaba escolhendo a Libertadores. As vezes, não tem a condição de ir aos dois jogos. Atrapalhou também o trabalho da comissão técnica. Não sabe se poupa ou não, fica aquela dificuldade. A gente precisava poupar os jogadores naquela partida contra o Botafogo porque nós fizemos uma viagem de 16 horas para o Equador e a gente acabou perdendo a invencibilidade de 17 jogos. Então, coisas que aconteceram. É continuar trabalhando e aceitar o que o pessoal tem organizado. Vamos trabalhar forte nas 12 rodadas que faltam.
Você concorda que o Santos joga hoje simplesmente pelos resultados? Perdeu um pouco da leveza do time?
O pessoal tem esquecido que a gente está com jogadores que não vinham atuando. Isso requer sequência, trabalho, entrosamento. A gente teve uma semana de trabalho, mas ainda foi muito pouco. A gente estava acostumado a jogar com Renato, Lucas Lima, Victor Ferraz, que já estão jogando há três anos seguidos. Tivemos quatro mudanças no clássico. Houve mudanças na equipe e a gente está superando isso. Então, acaba não sendo aquele futebol que o torcedor estava acostumado, toque de bola, triangulações, tabelas, chegadas ao fundo, cruzamentos. Então, a gente procurou fazer nosso melhor, com muita vontade e determinação.
Lucas Lima e Ricardo Oliveira ficarão no Santos? O que você acha com toda tua experiência?
Não sei, cara. É uma situação pessoal. Minha torcida é que continuem. Eu tenho dois anos de contrato e meu desejo é continuar nesses dois anos e, quem sabe mais para a frente, renovar, porque estou muito feliz aqui no Santos. Se eu puder contar com os dois, nesses dois anos, eu vou ficar muito feliz. Além de dois grandes jogadores, são dois grandes amigos que fiz no Santos. A gente está na torcida, mas não sei se vão continuar, acabando o contrato. Eles estão tranquilos, fazendo o melhor para ajudar o Santos nessa temporada.
Lucas Lima e Ricardo Oliveira encerram seus contratos em 31 de dezembro. Os dois negociam as renovações, mas a tendência é que não permaneçam. O Santos volta a campo, dia 12 de outubro, contra a Ponte Preta, em Campinas.