Minha Seleção do Paulista
Alexandre Praetzel
Após alguns campeonatos, gosto de listar a seleção dos melhores da competição. No Paulista, não é diferente. Neste ano, o Corinthians é a referência, sem esquecer da Ponte Preta e Palmeiras. Meus onze escolhidos estão aí.
Goleiro: Cássio. Manteve a regularidade durante todo o campeonato. Depois de um 2016 instável, recuperou a forma e teve um campeonato sem sustos. Teve auto-crítica ao dizer que precisava retomar suas boas atuações.
Lateral-direito: Samuel Santos(Botafogo). Mostrou bom desempenho na fase classificatória e nos jogos contra o Corinthians, nas quartas-de-final. Muitas jogadas começaram por ele, pela qualidade no apoio. Gostei.
Zagueiro: Pablo. Soberano nas bolas aéreas e com média de bom desempenho em todo o torneio. A zaga menos vazada passa por ele, sim. Já despertou o interesse de outros times, após um momento em baixa no Bordeaux.
Zagueiro: Edu Dracena. Aos 35 anos, fez um Paulista muito bom. Ganhou a vaga de Vitor Hugo, pelo desempenho e qualidade. Ainda tem muito futebol.
Lateral-esquerdo: Guilherme Arana. Dono da posição. Desafogo do Corinthians em vários momentos e boas atuações com cruzamentos e passes eficientes. Se firmou.
Volante: Fernando Bob. Parece que tem a cara da Ponte Preta. Voltou ao clube e foi o condutor do meio-campo campineiro. Recuperou o futebol, após passagem fraca pelo Inter.
Volante: Fellipe Melo. Fez bom campeonato, mesmo com a frustração palmeirense. Claramente, é um jogador que acrescentou ao Palmeiras. Boas atuações, com futebol rápido e competitivo. Ainda pode jogar mais.
Meia: Rodriguinho. Virou titular, em 2016, e se consolidou nesta temporada. Passes, dribles e gols. A atuação contra a Ponte Preta, no primeiro jogo da final, foi a melhor, desde que ele chegou ao Corinthians. Merecido.
Meia: Jadson. Chegou da China e demorou a engrenar. Quando melhorou a forma física, apareceu a qualidade técnica. Decisivo em alguns momentos e importantíssimo no esquema de Carille, pela cadência e tranquilidade com a bola.
Atacante: Pottker. Mostrou força ofensiva e capacidade de conclusão, ainda que tenha perdido alguns gols, por pura afobação. Sem ele, a Ponte não teria chegado. É jovem e pode evoluir mais. Vai para o Inter.
Atacante: Jô. O melhor do campeonato. Voltou sob enorme desconfiança e admitiu que precisava ser mais profissional. Treinou, jogou e marcou gols importantes. Eficiente e regularíssimo. Reconquistou a torcida.
Técnico: Fábio Carille. Sem dúvida, comandou a quarta força do Paulista. Tem menos elenco e time do que os três rivais. Mesmo assim, soube montar um time competitivo, forte na defesa e letal em ataques e contra-ataques. Conquistou seu primeiro título e vai se afirmar no mercado brasileiro, a médio prazo, provavelmente. Tem capacidade e humildade.