Maicon não consegue liderar a defesa do SP, a segunda pior do Paulista
Alexandre Praetzel
Maicon virou ídolo da torcida do São Paulo, após boas participações no primeiro semestre de 2016. Emprestado por seis meses, o zagueiro apareceu bem em jogos da Libertadores da América e marcou presença no gol contra o Atlético-MG, classificando o tricolor para as semifinais do torneio.
O São Paulo ficou entre a cruz e a espada e resolveu pagar a quantia pedida pelo Porto, para contratá-lo em definitivo. O clube investiu R$ 22 milhões, mais o lateral-esquerdo Inácio. Uma grana considerável para um zagueiro de 27 anos, na ocasião. A torcida comemorou sua permanência e o denominou como ''God''(Deus) da zaga. Um apelido com certo exagero, apesar da idolatria. O São Paulo foi eliminado pelo Nacional-COL e fez campanha ruim no Brasileiro, escancarando algumas carências no elenco, inclusive no setor defensivo.
O ano de 2017 chegou e o São Paulo começou um novo trabalho com Rogério Ceni. A equipe teve boas atuações e sempre criou bastante na questão ofensiva. No entanto, não consegue passar uma partida sem levar gols. É a segunda pior defesa do limitado Campeonato Paulista com 20 gols sofridos em 11 jogos. Muito para um setor que foi mais equilibrado, em 2016. É verdade que Maicon ficou fora por seis jogos, machucado, mas o jogador comete erros de posicionamento visíveis, como no gol do atacante Jô. Maicon estava fora do lugar, dando combate na lateral-direita.
Muito se debate sobre a capacidade dos goleiros são-paulinos, mas acho que os zagueiros não podem passar batidos. Maicon, por tudo que custou e pela exigência no setor, deveria apresentar melhor futebol, liderando seus companheiros. Para não virar perigo nas duas áreas.